O FIM DA LINHA... DA LOUSÃ

A ponte ferroviária de Serpins. Uma grande fatia dos 10.000 contos gastos no percurso
 entre a Lousã e Serpins, deve ter sido aplicada aqui.
O rio Ceira foi o último grande obstáculo a transpor antes da linha de caminho-de-ferro chegar a Serpins. Foi construída uma ponte, a segunda maior de todo o percurso, com a particularidade de ser em curva, o que não é muito habitual em pontes ferroviárias. Foi com toda a certeza um investimento avultado na época, mas nessa altura existiam planos para o prosseguimento da linha até Arganil e não o seu fim prematuro ali, a menos de um quilómetro para lá da ponte.

CONSTRUIR A PRÓPRIA CASA - I - O trabalho burocrático

Ter casa própria é um dos grandes projectos senão mesmo o maior da vida de muitas pessoas, não de todas porque há sempre quem possa aspirar a mais, inclusivamente ter mais do que uma habitação. No meu caso como sempre fui modesto, esse foi sempre o meu maior sonho, o qual consegui concretizar, graças a uma grande perseverança e com muito trabalho, apesar de ser uma casa pequena e simples, de acordo com o que foi sempre o meu modo de vida.

JURAMENTO DE BANDEIRA DA 1ª INCORPORAÇÃO DE 1972


Já falei neste blogue sobre o 1º Juramento de Bandeira de 1972, num dos artigos que escrevi sobre a Escola de Alunos Marinheiros. Nesse artigo coloquei uma foto que não correspondia exactamente a essa cerimónia, por não ter nenhuma, mas, recentemente, a Revista da Armada disponibilizou no seu site todos os números desde o seu inicio em Julho de 1971, tendo encontrado na Revista nº 9, referente ao mês de Junho de 1972, uma pequena notícia sobre esse Juramento, acompanhada de uma foto do Batalhão em formatura. Essa imagem não engloba todos os elementos que ali estavam perfilados, nem permite distinguir ninguém, no entanto não pude deixar de sentir alguma emoção ao recordar aquele dia e saber que eu fui um dos que ali esteve.

O MONTE DE VEZ

Quadra a comemorar a inauguração
 do abrigo no cimo do monte.
O Monte de Vez fica situado na parte nordeste do Maciço de Sicó, a cerca de seis quilómetros, por estrada, da vila de Penela. Visto a alguma distância, parece mais um um conjunto de pequenos montes, em redor da elevação principal, mas o que salta imediatamente a vista são as torres eólicas que ali foram erguidas recentemente. O investimento que nos últimos anos tem sido feito para a produção de energia através da força do vento não tem poupado os locais elevados e onde houver espaço suficiente para o funcionamento de alguns geradores eólicos, o terreno é logo aproveitado para esse fim. No Monte de Vez foram implantadas oito torres, mas não muito longe dali, numa outra elevação para os lados de Ansião há um parque, onde já estive que tem apenas três geradores. O acesso ao local mais alto do monte, onde está o parque eólico é feito pela aldeia de S. Sebastião, por uma estrada de terra, onde recentemente circularam grandes camiões, transportando os materiais para a construção do parque eólico e por isso, logicamente, transitável para qualquer tipo de veículo.

ATRIBUIÇÃO DE CRÉDITOS NO PROCESSO RVCC NS

Esta semana foram noticiadas nos órgãos de comunicação social, medidas que visam a participação no Programa Novas Oportunidades, de pessoas abrangidas pelo Subsídio de Desemprego e Rendimento Social de Inserção. Para já, numa primeira análise, parece-me uma ideia positiva, mas a ameaça da perda dos subsídios para quem se recusar a essa participação parece bastante pesada e ditatorial, criando dúvidas sobre a sua legalidade e pode provocar sentimentos de imposição, que são contrários a uma participação proveitosa nesse Programa. Esta, ao contrário de outras medidas que têm sido tomadas em relação aos cidadãos que estão nestas condições, pode representar para estes uma oportunidade, senão para conseguir um emprego, pois isso será sempre difícil, pelo menos para obter mais conhecimentos. Os cursos EFA têm a finalidade de obter uma certificação e aprofundar conhecimentos em determinadas áreas, mas o RVCC-Escolar e é desse que eu normalmente falo pois foi aquele que frequentei, vai além do reconhecimento de competências e proporciona também a aquisição de novos conhecimentos, desde que as pessoas estejam interessadas em aprender e, neste caso, não sintam isso como uma imposição, sendo que a recordações da história de vida, as experiências positivas do passado, poderão ser geradoras de entusiasmo e também o motor de propulsão para novos desafios de aprendizagens, com relevo para as novas tecnologias de informação e comunicação.

O REGRESSO ÀS ORIGENS

Não se fala noutra coisa neste país nos últimos meses. É a crise para cá, é crise para lá; Fala-se nela ao almoço, ao jantar; é conversa de rua e de café; fala-se nela durante toda a semana, não nos dando folga nem sequer ao domingo. Claro que a crise não é para toda a gente e já ouvi algumas pessoas a vangloriarem-se da sua situação dizendo que não sentem crise nenhuma. Em contrapartida há aqueles que são sobejamente conhecidos como imunes à crise devido à sua situação financeira que, sem ser necessário visualizar os seus extractos bancários, se adivinha facilmente, mas que se vão queixando “que a coisa não dá” que têm muitas despesas, mais isto e aquilo.

Como não faço parte deste grupo, nem do anterior e para dizer a verdade acho até que desde que me conheço sempre vivi em crise, financeiramente falando, confesso que tenho andado muito preocupado tentando encontrar soluções para tentar diminuir os seus efeitos. No meu caso as soluções têm de passar todas pela diminuição das despesas, já que a previsão das receitas para o futuro é de diminuição constante.

OS HERÓIS DO ULTRAMAR

Culto dos mortos em Portugal

O dia dos fiéis defuntos celebra-se a 2 de Novembro. No entanto, é no dia 1, por ser feriado nacional, que a maioria das pessoas homenageia os seus amigos e familiares desaparecidos.

Segundo Leite de Vasconcelos na noite de Todos os Santos, em Barqueiros, era tradição preparar, à meia-noite, uma mesa com castanhas para os mortos da família irem comer; ninguém mais tocava nas castanhas porque se dizia que estavam “babada dos defuntos”. É também costume deixar um lugar vago à mesa para o morto ou deixar a mesa cheia de iguarias toda a noite da consoada para as "alminhas".

Nesta noite ninguém cuide
Encontrar-se à mesa a sós!
Porque os nossos q'ridos mortos
Vão sentar-se junto a nós.

(Leite de Vasconcelos - linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português 1858-1941)
Fonte: Wikipédia