EU NÃO SOU POETA

Comemora-se hoje o Dia Internacional das Bibliotecas Escolares. Como trabalho numa escola e gosto muito de livros e bibliotecas, resolvi publicar hoje, no meu blogue, um poema. Trata-se de um texto em verso que fiz há quatro ou cinco anos atrás e com o qual participei num concurso de poemas de amor promovido por uma rede de bibliotecas escolares. Claro que não obtive qualquer prémio, nem sequer recebi o certificado de participação que estava prometido para todos os participantes, pelo que deduzo que terá sido um insucesso absoluto. Mas o mais importante foi ter participado e como diz o Miguel Gameiro dos Pólo Norte: “Eu não sou poeta”!
Foi dado o seguinte mote para a elaboração do trabalho:

Que importa o azul do céu e o azul das águas?
O que procuro é gente
Que sinta o meu amor e as minhas mágoas!”

O FIM DO GRUPO Nº 1 DE ESCOLAS DA ARMADA II

A propósito do encerramento do Grupo nº. 1 de Escolas da Armada e, como tenho recebido neste blogue alguns comentários ao meu post anterior: “O Fim do Grupo nº 1 de Escolas da Armada”, sobre esse assunto, em que alguns filhos da escola manifestam a sua saudade e a pena que sentem pelo encerramento daquela mítica escola, que creio será extensível a todos os que por ali passaram ao longo de várias gerações, resolvi vir falar mais um pouco sobre o assunto.

O processo do encerramento deste estabelecimento militar já se iniciou há alguns anos atrás, mais precisamente em 1993, quando a Escola de Informações em Combate foi transferida para o Alfeite, a que se seguiu a extinção da Escola de Alunos Marinheiros, que aqui funcionava desde 1938, passando a partir de 1996 a instrução da recruta a ser efectuada na Escola de Fuzileiros, tendo depois ao longo de alguns anos o ensino de outras especialidades sido também transferido para o Alfeite, tudo isto seguindo certamente uma lógica de economicismo e racionamento de meios, segundo julgo.

O MEU TRABALHO NUMA SERRAÇÃO DE MADEIRAS

Em Outubro de 1965, fui admitido ao serviço da firma José Costa dos Santos, Ldª. de Miranda do Corvo. Esta fábrica que produzia madeira para caixas de fruta e outros produtos, atravessava um período áureo porque, na altura, o plástico ainda não era muito utilizado neste tipo de embalagens e a empresa produzia e vendia grandes quantidades deste tipo de madeiras. Grande parte da sua produção era comprada por empresas do norte do país e destinava-se a exportação. Como resultado desta procura, a fábrica investiu fortemente em maquinaria para aumentar a produção e dava emprego a algumas dezenas de trabalhadores, quase todos da região. Não sei ao certo, mas julgo que teria um activo de trinta a quarenta pessoas a trabalhar, mas durante o seu tempo de laboração passaram por ali algumas centenas de operários.