AS ANTIGAS MÁQUINAS DA CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS

O cilindro a vapor depois da intervenção de recuperação.
 Uma bela peça da engenharia inglesa dos anos vinte.
Em Miranda do Corvo, junto ao restaurante “Museu da Chanfana”, propriedade da Fundação Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional, encontram-se algumas máquinas que foram em tempos utilizadas na construção ou reparação de estradas. Estas máquinas, pelo que sei, irão futuramente fazer parte do museu de Miranda do Corvo e foram doadas pela antiga Junta Autónoma de Estradas à ADFP. Trata-se de um cilindro a vapor, duas espalhadoras de alcatrão e ainda um outro cilindro, este em granito que, tal como as máquinas de alcatrão, não tinha tracção própria e era em tempos rebocado por um qualquer veículo ou até por animais. Duas destas máquinas, o cilindro e uma espalhadora de alcatrão, já foram alvo de trabalhos de recuperação efectuados pela Fundação.

OS LIVROS DA MINHA INFÂNCIA

Um destes dias encontrava-me a fazer algumas arrumações no sótão da casa, quando encontrei algo que me obrigou a fazer uma viagem aos tempos da minha infância e juventude. Trata-se de um livro da autoria de Richmal Crompton, da Editorial Estúdios Cor, Lda. Este livro faz parte de uma colecção em que o principal protagonista é uma criança com uma imaginação prodigiosa, um ídolo dos meus tempos de criança, o famoso Guilherme, ou William, do original inglês.

Adorava os livros do Guilherme. Identificava-me muito com a personagem irreverente do protagonista e dos seus companheiros o Ginger, o Henrique e o Douglas e deliciava-me com as suas aventuras e as trapalhadas em que se metiam, muito alegres e divertidas.

ENTREGA DE DIPLOMAS RVCC

Ontem, dia 20 de Fevereiro de 2010, decorreu a cerimónia de entrega de diplomas aos adultos que nos últimos meses completaram a certificação de competências de nível básico e secundário no CNO da Lousã. Esta cerimónia, realizada no Cine-teatro local, foi dirigida pelo presidente da Câmara Municipal da Lousã, Dr. Fernando Carvalho, estando também presentes algumas outras individualidades entre as quais o Presidente da Escola Nacional de Bombeiros, Dr. Duarte Caldeira e toda a equipa do Centro, para além dos adultos e de muitos familiares que quiseram estar presentes neste acto de grande significado.

Foram feitos alguns discursos pelas individualidades presentes, tendo sido realçada pelo presidente da Câmara a importância deste Centro para a Lousã e também o óptimo relacionamento existente entre o mesmo e a autarquia. O Director interino do CNO destacou a excelente qualidade da sua equipa e do próprio Centro, onde não são admitidos facilitismos nos processos de reconhecimento de competências.

A INDÚSTRIA DA ARGILA EM MIRANDA DO CORVO

Painel de azulejos, no Carapinhal, retratando a actividade do oleiro
Miranda do Corvo está há muitos anos ligada à indústria do barro. Pode-se até falar em muitos séculos de tradição na arte da olaria, pois a sua origem é muito remota, sabendo-se que teve grande incremento nos séculos XVI e XVII.

A RECRUTA



Hoje vou falar mais um pouco sobre a recruta, dando continuação ao meu artigo anterior com o título: “A Escola de Alunos Marinheiros”.

Estávamos no início de 1972, portanto ainda em pleno Estado Novo, mas já na chamada “primavera marcelista”. No entanto o país continuava a manter uma guerra de três frentes em África, para onde partiam muitos militares, não se notando grande vontade do regime querer mudar a situação, o que terá sido um dos principais motivos que levaram à formação do Movimento das Forças Armadas e à revolução de Abril dois anos mais tarde. Por esse motivo era necessária uma instrução intensiva, de modo a que em escassas dez semanas a Escola preparasse os alunos para o Juramento de Bandeira, com os conhecimentos básicos necessários, para a partir dessa fase ser iniciada a formação técnica nas várias especialidades da Marinha. A disciplina e o aprumo militar eram levados muito a sério, como convém, de resto, pois sem essas qualidades qualquer projecto poderá estar destinado ao fracasso, seja ele militar ou de qualquer outra natureza.

EDIFÍCIOS HISTÓRICOS, EM DECADÊNCIA, NA SERRA DA LOUSÃ

A "Catraia da Ti Joaquina"

Na Serra da Lousã existem edifícios com História que se encontram num estado de grande abandono, alguns em tamanho estado de degradação que causa bastante mágoa, pois, certamente, mereciam melhor sorte. São edifícios isolados que, apesar de não conhecer totalmente a sua história, sei que num passado não muito longínquo tiveram a sua importância.

TRABALHADORES EM LUTA


"Os bravos da companhia"

Apesar do “Meio Século” não ser um blogue de actualidades, não posso deixar de referir aqui a grandiosa manifestação dos trabalhadores da Função Pública, que se realizou ontem em Lisboa e na qual tive o prazer de participar. Embora nos últimos anos não tenha colaborado neste tipo de actividades, participei num passado já longínquo em muitas manifestações, realizadas em Lisboa e também noutras cidades depois da revolução de Abril, no período épico do chamado PREC (Processo Revolucionário em Curso).

PONTES QUE ATRAVESSAM GERAÇÕES

Na praia fluvial de Torres do Mondego existe uma ponte de madeira que serve para as pessoas que se dirigem ao local pela margem direita do rio, o atravessem, porque a praia fica do outro lado. Esta estrutura faz-me lembrar as antigas pontes de madeira sobre o rio Mondego, de que já aqui falei num artigo anterior. No verão passado fui até lá e captei algumas imagens dessa ponte, precisamente pela semelhança com uma que eu utilizava quando era criança, que existia perto do Choupal. No passado domingo dei uma volta para aqueles lados e passei por lá para ver como estavam as coisas. Não esperava encontrar a ponte, pois imaginava que teria sido desmontada no fim do verão, à semelhança do que acontecia com as de outros tempos, pois devido ao aumento do caudal do rio não aguentariam a corrente.

RECORDAR O PASSADO EM VILA FRANCA DE XIRA

Vila Franca de Xira, terra de toureiros

No passado mês de Julho, fui a Lisboa para visitar os locais que costumava frequentar durante o tempo em que estive a cumprir o serviço militar no Ministério da Marinha, tendo feito o relato dessa visita no meu artigo “Visita a Lisboa”. Nesse dia, em Santa Apolónia, comprei um bilhete para um comboio regional e saí em Vila Franca de Xira para dar uma volta pela cidade e matar saudades, pois desde que ali estive durante o ano de 1972, nunca mais lá tinha voltado.