NOVA LOUZÃ


Através do Google earth "viajei" até Nova Louzã.
Conheci Nova Louzã apenas há alguns dias e completamente por acaso. Apesar de viver muito perto da “velha” Lousã, não tinha tido ainda conhecimento da existência, até meados do século passado, de uma importante colónia no Estado de S. Paulo, no Brasil, que foi fundada por João Elisário de Carvalho Montenegro, que a batizou com o nome de Nova Louzã, em honra da sua terra natal: Lousã.

Trata-se de uma história muito interessante, envolta numa áurea de romantismo e que está descrita em vários sites de autores brasileiros. A figura central dessa história é o Comendador Monte-Negro, um lousanense que em 1840 chegou ao Rio de Janeiro, quando tinha apenas 16 anos.

Nova Louzã foi importante, não só pelo desenvolvimento da agricultura, no caso principalmente pela cultura do café, mas também pelas relações de trabalho que propiciou, inéditas na região e na época, que deram um grande contributo para a abolição da escravatura no Brasil.

UM POUCO DA HISTÓRIA DE NOVA LOUZÃ

Inicialmente, o jovem Montenegro dedicou-se ao comércio, trabalhando como caixeiro-viajante. A sua carreira foi um sucesso, o seu negócio prosperou a ponto de se tornar conhecido como “ o rei dos viajantes”. Em 1867 resolveu investir o seu capital na compra de uma propriedade em Pinhal, interior de São Paulo, e pôr em prática as suas ideias sobre a melhor maneira de se administrar uma exploração agrícola cafeeira. Batizou a fazenda com o nome da sua terra natal e começou a inovar, desde logo, na contratação dos empregados.


A colónia de Nova Louzã adotou um sistema de recrutamento muito original. Aproveitando-se de sua condição de imigrante, o próprio Montenegro ia selecionar famílias de conterrâneos dispostas a vir para o Brasil, trabalhar na fazenda. O procedimento teve rápida repercussão. Jornais da época não tardaram a creditar a este sistema grande parte do clima de boas relações que reinava na colónia e do sucesso alcançado pelo estabelecimento de Montenegro.

De facto, o ambiente era bem diferente do que era encontrado na maioria das fazendas que também utilizavam trabalhadores europeus. Nestas predominavam a desconfiança, os enganos, o desrespeito aos contratos e, muitas vezes, a violência. Uma fonte constante de conflitos era a coexistência de dois sistemas dentro da mesma propriedade – o trabalho escravo e o trabalho livre. Em 1872, por exemplo, no município de Mogi Mirim (ao qual pertencia Pinhal), a população escrava chegava a mais de cinco mil indivíduos, quase um quarto do total de habitantes.

O tradicional sistema escravista havia sofrido um duro golpe em 1850, quando a lei Eusébio de Queiróz proibiu a importação de escravos da África, decretando o fim do tráfico negreiro. Ao mesmo tempo, a expansão da produção cafeeira demandava uma quantidade crescente de braços para as fazendas que se espalhavam pelo interior da província de São Paulo. A situação gerou discussões sobre alternativas à mão de obra escrava, e começaram a surgir experiências de emprego de trabalhadores livres. A principal opção que se abriu aos cafeicultores era a importação de mão-de-obra europeia. Esta população costumava estar disposta a deslocar-se para a América, devido às grandes dificuldades pelas quais passava o Velho Mundo.

Na transição do regime escravista para o de empregados livres, era comum que negros cativos e colonos europeus convivessem lado a lado nas fazendas paulistas. Montenegro enxergava aí um problema que inibia a imigração em massa para o Brasil, pois a utilização dos dois sistemas sempre daria lugar a argumentos de que os colonos eram “tratados como escravos”.

Além de utilizar somente trabalhadores livres, o sistema implantado em Nova Louzã apresentava outra grande novidade em relação aos cafeicultores paulistas: pagava salários mensais. O comum, naquela época, era o chamado “sistema de parceria”. Idealizado pelo senador Vergueiro (1778-1859), este sistema baseava-se num contrato que destinava à família do colono um certo número de pés de café para o cultivo e uma determinada área de exploração para subsistência. A remuneração era proporcional ao montante de géneros produzido pela família, descontadas as despesas de transporte, adiantamentos e recursos para a instalação inicial. Vergueiro adotou este sistema na Fazenda Ibicaba, de sua propriedade, localizada no município de Limeira. De lá, a prática se espalhou por São Paulo.

O sistema de parceria tinha claras desvantagens. A principal era a incerteza dos colonos quanto ao lucro que teriam. Geadas, pragas e outros problemas podiam afetar os cafezais e comprometer a produção. Sem falar no clima de desconfiança quanto à lisura dos fazendeiros – afinal, não havia como conferir as condições de negociação e o preço de venda obtido. Montenegro passava ao largo dessas tensões garantindo aos seus colonos o pagamento de salários fixos.

Por fim, a experiência alternativa do comendador adotou mecanismos inéditos para regular e disciplinar direitos, deveres e a convivência entre os colonos. Os regulamentos eram a base do bem-estar e do ambiente harmonioso no interior da propriedade. Em agosto de 1872, uma assembleia de empregados da casa criou o Regulamento Administrativo e Policial da colónia. Enquanto a imensa maioria das fazendas paulistas regulava suas relações de trabalho pela chibata e pelo despotismo absoluto dos seus proprietários, Montenegro propôs que da assembleia participassem, com direito a voto, todos os empregados da colónia, homens e mulheres. Com o curioso detalhe de que as mulheres podiam votar aos 16 anos e os homens, só aos 18. As reuniões podiam ser convocadas pelo proprietário ou por iniciativa de metade e mais um dos empregados da fazenda. E as medidas eram decididas em votações secretas.

O regulamento previa a aplicação de multas aos empregados que desobedecessem às normas. As mais pesadas visavam coibir a prática de qualquer tipo de violência, para assegurar um relacionamento pacífico entre os colonos. Uma vez multado, o empregado ainda poderia recorrer em assembleia, caso se sentisse injustiçado. O montante arrecadado com as multas, em vez de favorecer o fazendeiro, era revertido para uma caixa de beneficência, cujos fundos seriam aplicados em favor dos colonos que por motivo de doença tivessem que voltar a Portugal.

O modelo prosperava. A fazenda tinha 80 moradores em 1872. Sete anos depois, a população chegava a 124 colonos. Todas essas iniciativas colocavam a Nova Louzã numa situação que contrastava profundamente com a das outras fazendas de café. A colónia era uma exceção que despertava sentimentos e reações contraditórias, tanto no governo como entre os fazendeiros.  

Os abolicionistas, em geral, viam a experiência com muito bons olhos e utilizavam a fazenda do comendador como modelo a ser seguido. Em julho de 1875, sob o título de “O melhor meio de atrair imigrantes”, o jornal “Província de São Paulo” publicou a seguinte notícia:

“Hoje devem descer para Santos, com destino a Portugal, alguns colonos da Nova Louzã, propriedade do sr. Comendador J. E. de Carvalho Monte-Negro, os quais, estando terminado o prazo do contrato e tendo feito economias, voltam à terra da pátria satisfeitos, senão ricos, ao menos com meios de viverem sem privações e talvez em tal ou qual abundância. Entre esses colonos há mulheres e até famílias completas. Este fato, honroso para o diretor daquela colônia, já tão conhecida entre nós, é uma excelente recomendação para ele continuar a merecer a confiança dos seus compatriotas. Relativamente à imigração de Portugal, esta volta dos colonos da Nova Louzã deve merecer muita influência em favor de nosso país e especialmente da província de S. Paulo. Se de outras colônias partissem para a Europa colonos felizes e satisfeitos como estes, depois de terminados os seus contratos, outra seria a corrente de imigração européa para cá. Registremos solenemente o fato e fique ele como um bom exemplo a ser seguido”.

Mas havia também os céticos, que duvidavam que a aplicação do sistema em larga escala fosse viável. O governo, entre curioso e admirado, era reticente em relação ao que acontecia na propriedade de Montenegro. O relatório de um comissário do governo imperial, enviado para conhecer a colónia em 1870, afirmava que a iniciativa era digna de simpatia e interesse, mas argumentava que era muito cedo para concluir se os resultados alcançados se deviam apenas às excelentes relações mantidas com os empregados ou se às regras que regulavam estas relações:

“A Nova Louzã é antes uma família do que uma colônia, e separa-se dos outros estabelecimentos análogos da província por este lado, tanto como pelo sistema de trabalho que adotou. É por certo uma tentativa digna de todo o interesse e simpatia, e o seu proprietário já tem feito muito. É cedo, porém, para decidir se os resultados que tem alcançado são devidos às excelentes relações que mantém com os empregados ou se às regras que regulam essas relações”, registava o documento.

Oito anos depois, o próprio imperador D. Pedro II visitou a Nova Louzã. Apesar do evidente interesse, o governo não chegou a estimular a continuidade do projeto. Pelo contrário: em várias ocasiões, Montenegro se queixou do não cumprimento, por parte do poder público, de contratos firmados para subsidiar a vinda de imigrantes. Faltava todo tipo de crédito para a fazenda, o que o obrigava a vender antecipadamente a colheita de café a preços pouco compensadores.

Duas décadas depois de implantado, o sistema salarial proposto por Montenegro ainda tinha pouca aceitação na província de São Paulo, e não inspirou seguidores. Prevaleceu o sistema de parceria, que mais tarde evoluiu para a empreitada (na qual os colonos eram contratados para realizar tarefas específicas, como preparação do terreno, plantio ou colheita). Após a abolição da escravatura, em 1888, generalizou-se um sistema de remuneração misto, conhecido como contrato de colono, que combinava salários anuais pelo trato do cafezal, pagamentos pelo volume de café colhido, por tarefas, diárias e alguns benefícios não-monetários.

Diante das dificuldades financeiras, Montenegro vendeu sua propriedade três meses antes do fim oficial da escravidão.


A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE NOVA LOUZÃ

A Estação de Nova Louzã em 1910.
Foto da Estação em 2009.
Em 1889, os comboios chegaram a Nova Louzã, no mesmo dia em que era feita a inauguração de todo o ramal ferroviário de Pinhal. O ramal tinha uma extensão de 37 quilómetros, partindo da estação de Mogi-Guaçu, no tronco da Mogiana, e chegando até a estação de Pinhal, em Espírito Santo do Pinhal, perto da divisa com Minas Gerais. A sua construção inscreve-se na história da expansão da cultura do café em direção ao interior da então Província de São Paulo.

Nova Louzã era, na época, uma estação que rivalizava em importância com a de Pinhal e funcionou até 1961, altura em que foi encerrada juntamente com todo o ramal, ficando apenas os primeiros quatro quilómetros e meio servindo como desvio industrial para a Refinações de Milho Brasil, em Mogi-Guaçu. A antiga estação de Nova Louzã é agora usada como moradia, encontrando-se completamente descaracterizada.


REFERÊNCIAS ELOGIOSAS

Nova Lousã é assim descrita, em 1879, por um amigo do Comendador Montenegro:

"Eu vou dar-lhes um quadro rapido e singello da Nova Louzã, aquela notável colônia que é um dos mais nobres titulos de orgulho para a nossa provincia (...) É o seu proprietario (...) meu excellente e velho amigo commendador João Elisario de Carvalho Monte-Negro (...) Realmente não se descreve a jovial perspectiva da Nova Louzã, para quem a sauda pela primeira vez ao dar de face com aquelas casas alvejantes, aquelle soberbo pomar, que a cerca por todos os modos, aquelle mimoso jardim odorifero, aquelles comodos elegantes, aqulles engenhos, aquellas plantações, aquelles riachos e tanques onde a formosa se está a mirar como noiva desmaiada e tremula (...) Da estrada que passa em frente ao estabelecimento, dominam-se as pastagens cuidadosamente tratadas, e desce-se procurando a morada além sobre uma outra elevação encantadora, depois de atravessar-se o caudaloso corrego, Arouca (...) Duas vezes fomos à rua dos Bambus, uma avenida belissima. Percorremos o laranjal e todo o mais arvoredo de fructas, chegando enfim ao delicioso lago da Saudade, onde passamos instantes embevecidos na observação de logares tão apraziveis e que prendem a attenção não só pela formação natural dos terrenos, como pelos ornatos que a arte e o bom gosto têm por alli distribuido a mãos largas (...) Os cafezaes estavam luxuriantes de seiva e de forças. Deve ser muito consideravel a sua actual colheita e muito maior a seguinte. Planta-se tudo alli: o trigo, a cevada, o centeio, a mamona, a hortalice, os legumes, etc,: há completa abundancia de viveres e não só do que é propriamente preciso para a manutenção, mas ainda do que é mais para lisongear o paladar que o estomago, como os fructos raros e exquisitos (...) Vimos as novas construcçòes: commodos para tudo - capella, quarteis de casados, dormitorios de solteiros, tulhas, celleiros, macchinas de beneficiar café, olarias, terreiros, poço, lagar, lavanderia, etc, e tudo nas melhores dimensões e tudo aceiado, largo, respirando conforto e aconchego (...) Campinas, Francisco Quirino dos Santos, 11 de setembro de 1879".


O Comendador Montenegro granjeou a admiração e a estima de todos os brasileiros que o conheciam, como está bem patente não só nas palavras dos sites brasileiros que falam sobre ele, mas também na imprensa regional da época, como é o caso do Pinhalense, de onde retirei algumas palavras de um artigo transcrito pelo jornal Commercio da Louzã, de 9 de Agosto de 1909:

(…) Vae por 70 anos, aportou ao Brasil, um rapazola, cheio de vida e com o coração trasbordante de enthusiasmo e esperanças. Era portuguez e foi para o commercio. Com pouco se fez estimado, útil, necessário e indispensável aos negócios de seu patrão. Naquele tempo em que o caixeiro-viajante sahia dentre os melhores e mais severos, era o jovem portuguez, recebido com festas e demonstrações de grande apreço pelos seus freguezes.

Fez capitães e possuiu fortuna em curto prazo: mas a ave emplumára e era de alto voo. Veio para Nova Louzã e transformou um estéril sapeseiro, naquella esplendida e bellísima fazenda que, nos tempos calamitosos de hoje, representa enorme fortuna. Ahi nessa obra de valor incalculável, o jovem fazendeiro foi abolicionista de acção: fundou “Nova Louzã”, com trabalhadores mercenários, quando no Brasil inteiro, a lavoura descançava no escravo.

O pendor que lhe emanava do coração generoso, aquelle grande amor à liberdade, que o tornará grande paladino da abolição, desbaratou-lhe tambem a riqueza.

Aqui, nesta cidade, o atrevido libertador dos escravos, encontrou um campo aberto ás abundâncias da sua alma: demonstrou um elevado sentido de paz e de concórdia, e foi um factor preponderante no progresso e civilisaçao d’este povo.

E hoje quem o quizer ver, a esse illustre extrangeiro, que se fez brazileiro pelas forças invencíveis do coração, do amor a esta terra, ha de o hir procurar ali pelos lados da Estação, no meio daquella outra cidade, cheia de encantos e de arte, que lhe retem e guardará, perennemente, o nome abençoado.

E ali está, na Villa Monte-Negro, o venerando ancião, que a fundou, o decano da grande colónia portugueza, o amigo dedicadissimo desta terra, o bemfeitor das nossas instituições, o pae da nossa pobreza, o exemplo dos cavalheiros, o modelo de virtudes, que é o sr, Commendador Monte Negro. (…)

Biblioteca Municipal Comendador Montenegro, na Lousã.

A 30 de abril de 2011, o Município da Lousã perpetuou o nome do Comendador Montenegro através da atribuição do seu nome à Biblioteca Municipal, numa cerimónia que celebrou os 20 anos de existência da biblioteca no atual edifício. A cerimónia da “Biblioteca Municipal Comendador Montenegro” decorreu na presença de familiares do comendador, ao som do tema musical "Regresso à Pátria", tema musical composto em 1985 e interpretado pela Sociedade Filarmónica Lousanense e que também se ouviu na última visita de João Elisário de Carvalho Montenegro ao concelho.

Casa construída pelo Comendador Montenegro em 1861, na Lousã.

Leia outro artigo do blog sobre Nova Louzã

CONSTRUIR A PRÓPRIA CASA - Prevenir erros de dimensionamento

Quando somos jovens não nos preocupamos muito com o futuro, achamos que temos o mundo todo pela frente e, com a irreverência própria da juventude, não paramos um pouco para pensar naquilo que pode acontecer ou como poderá ser a nossa situação num futuro mais ou menos próximo. Não se trata de prever o futuro porque acho que isso não existe, mas poderíamos e deveríamos ter a sensatez de atuar de forma a prevenir algumas situações futuras que podem acontecer e causar algumas arrelias.

Nesta altura o leitor já estará a pensar que esta conversa não tem nada a ver com o título do post, mas engana-se, pois é disso mesmo que se trata: “prevenir erros de dimensionamento, na construção da nossa própria casa”.

SISTEMAS PRIMITIVOS DE NAVEGAÇÃO NO MONDEGO

Não se pode falar em sistemas de navegação no rio Mondego sem citar a barca serrana que é, de todos, o mais conhecido, não só por ter sido um meio de transporte fluvial de mercadorias muito importante, mas também porque ultimamente muito se tem feito para que a sua memória perdure, como é o caso da construção de novas barcas destinadas a efetuar pequenas viagens turísticas no rio, nas zonas de Penacova e Coimbra e também a exposição de exemplares em sítios onde podem ser apreciadas livremente, como é o caso de uma barca que se encontra exposta numa rotunda em Penacova e outra no Museu de Marinha, em Lisboa.

Barca Serrana em Penacova.
Já falei da barca serrana em artigos anteriores, mas este modelo de embarcação não era o único existente no Mondego e, neste artigo, vou referir esse e outros sistemas de navegação que outrora sulcavam as águas do maior rio inteiramente português.

Barca Serrana
De origem mesopotâmica e da família dos moliceiros, a barca serrana caracterizava-se pelos seus dois bicos em ponta levantada, de fundo chato e de cor negra contrastando com a vela branca, com um comprimento de 17 a 24 metros, por 2 metros e 40 cm de largura.

REFORMAS E ACORDOS ORTOGRÁFICOS


Tiro o c, ou ponho o c? …
Não sei como proceder,
Mas… se ele não se lê
O que está ali a fazer?

Facto sem c fica magrinho,
Mas este não vou suprimir.
Este facto não é de linho,
Não serve para vestir.

E o hífen… coloco ou não?
Há palavras que sem ele
Fazem uma grande confusão!

Uma delas é semirreta,
Que ficou cor ar de posse.
Parece uma bicicleta
Com rodas de motocrosse.

Apesar de tanta calinada,
Que estou para aqui a dizer
Não quero ser uma letra calada,
Destinada a desaparecer.

CINEMA NA LOUSÃ - UM POUCO DE HISTÓRIA

Foto atual do Cine-teatro da Lousã.
O Cineteatro da Lousã vai fazer no próximo dia 4 de Outubro, 65 anos de existência. A sua frontaria foi recentemente pintada de cor de rosa o que lhe dá uma aparência um tanto…como direi… talvez um pouco “feminina”.

Na tela daquela sala foram projetados muitos filmes cor de rosa, mas na minha memória dos tempos em que a frequentava, nos finais das décadas de 60 e início de 70, estão mais vivas as cenas de pancadaria e tiroteio dos filmes de western, que nessa altura ainda estavam num período áureo, sobretudo os “western spaghetti,” assim chamados por serem produzidos por italianos e que eram rodados na zona de Almeria, em Espanha.