PRIMAVERA NA HORTA


Na primavera há muito trabalho a fazer na horta, mas também é o tempo de começar a colher os produtos semeados alguns meses antes, durante o outono e o inverno.

Batatas temporãs

Batatas semeadas na pequena estufa, ao redor das cuvetes.
Este ano, em janeiro, semeei algumas batatas nas minhas pequenas estufas. Foi apenas uma experiência para ver o tempo que demoravam a nascer e a desenvolver-se para, no próximo ano, caso a experiência fosse positiva, fazer uma pequena sementeira logo no início de janeiro, ou mesmo ainda em dezembro, em local exposto ao sol de inverno, fazendo uma armação com alguns paus e cobrindo a sementeira com um plástico, apenas a cerca de um metro de altura.

As batateiras nasceram em pouco tempo, apesar da semente quase não ter grelos ainda. Com o calor do interior das estufas desenvolveram-se muito rapidamente, o que me leva a crer que um pequeno batatal, coberto com um plástico para o proteger das geadas e fazer com que o calor dos raios solares de inverno aqueça a terra e as batateiras, poderá produzir batatas para começar a consumir em abril. Nesta região faz bastante frio e os agricultores apenas semeiam as batatas temporãs em fevereiro ou março, escolhendo para isso locais abrigados, como seja debaixo das oliveiras. Apenas para consumo próprio, talvez seja possível obter batatas mais cedo com uma estufa improvisada e desmontável.

TRATAMENTOS CONTRA O MÍLDIO DA BATATEIRA



Na pequena agricultura caseira, normalmente utilizam-se pulverizadores manuais. Nestes aparelhos, o cobre foi substituído pelo plástico, o que os torna mais leves. Este tem capacidade para 16 litros e tem o tubo telescópico, o que é vantajoso quando se trata de pulverizar árvores e também para abranger uma área maior quando se está no meio dos batatais. A calda é preparada num recipiente onde se coloca água suficiente para fazer a diluição do produto. Depois coloca-se o resto da água, sendo que normalmente a concentração é de 250/300 gramas para 100 litros de água, o que, grosso modo, equivale a duas colheres de sopa (a medida que é costume utilizar-se na pequena agricultura),  para 10 litros de água. 

CARRINHOS DE ROLAMENTOS E TRIKES EM SEMIDE E CEIRA



Ontem, dia 25 de Abril, decorreu mais uma prova de carrinhos de rolamentos e trikes em Semide. Contrariamente a anos anteriores e, não obstante um elevado número de participantes, não apareceram carrinhos alusivos à data. Como se tratou do 40º aniversário da revolução dos cravos era expectável que surgissem alguns carros construídos propositadamente para a participação nesta prova, aludindo à data. Tal não aconteceu, mas a engenharia caseira e a imaginação esteve bem patente em muitos dos carrinhos, se bem que estes estejam a ser ultrapassados pelas trikes, esse novo modelo de veículo, também ele ecológico, mas muito mais veloz e que proporciona um espectáculo de emoções fortes.

NOVAS PONTES EM COIMBRA

Ponte restaurada para passagem de peões


Uma das mais antigas pontes de Coimbra foi restaurada para ser utilizada por peões. Esta ponte que estava desativada há vários anos livrou-se definitivamente da passagem de veículos automóveis e vai ficar ao serviço exclusivo de peões e ciclistas. Após a tragédia de Entre-os-Rios, em que ruiu uma ponte semelhante à da Portela do Mondego e que causou a morte a várias dezenas de pessoas, esta estrutura passou a ser olhada com desconfiança e terá sido isso que acelerou a construção de uma nova ponte na zona, se bem que essa obra fosse imprescindível a curto prazo, dado que já se estava a tornar obsoleta para o imenso tráfego que a cruzava e que não tinha outra alternativa por perto. O cruzamento de veículos na ponte era um martírio, especialmente quando havia cruzamento de veículos ligeiros com pesados, (não dava para fazer cruzamento entre dois véiculos pesados) dada a estreiteza do seu tabuleiro, onde também tinham de circular peões.

ALFACES E TOMATEIROS EM MINI ESTUFAS


Este ano optei por semear tomateiros numa das minhas mini estufas solares e o resultado foi bastante satisfatório. As plantas germinaram e desenvolverem-se rapidamente, de tal modo que algumas já ultrapassavam a altura da tampa, pelo que resolvi tirá-la e fazer uma grelha para apoio dos tomateiros. Estas plantas, normalmente, crescem bastante e necessitam de ser estacadas para não tombarem. Elas não se agarram às estacas como acontece com as ervilheiras ou os feijoeiros, de modo que é necessário construir uma grelha ou utilizar outro método para que as plantas cresçam sem se espalharem pelo chão, impedindo também que os frutos que vierem a dar não estejam em contato com a terra e não apodreçam por isso.


Mini estufas com tomateiros e alfaces

COLHERES DE PEDREIRO

Para um bom trabalhador qualquer ferramenta serve

Colher de pedreiro decorativa feita de cimento
Colher de pedreiro
decorativa.
Era muito comum ouvir-se esta frase quando alguém apreciava a boa qualidade de um serviço, efetuado com uma ferramenta inapropriada ou de má qualidade. Claro que não é a ferramenta, por muito boa que ela seja, que faz um bom trabalho se esta não for manejada por alguém com habilidade para o efeito, mas o certo é que ajuda muito trabalhar com ferramentas de boa qualidade e adequadas para o tipo de trabalho que se faz, no momento.

Isto é válido para qualquer tarefa que se execute, especialmente se estivermos a utilizar ferramentas manuais. O trabalho poderá não ficar melhor, mas será feito mais rapidamente com boas ferramentas…

Uma profissão em que se utilizam muitas ferramentas manuais é a de pedreiro. Este é apenas um, de entre muitos ofícios que são exercidos utilizando esse tipo de ferramentas e, falo dele especificamente, por dele ter conhecimento pessoal. Neste tipo de trabalho, da qualidade das ferramentas pode depender, para além de um menor esforço nas tarefas, também, por exemplo, uma parede bem aprumada, um reboco bem desempenado, ou um chão bem nivelado.

SEMEAR MILHO

Milho tratado para semear
Nos últimos dias tenho andado ocupado com as sementeiras de milho e batatas. Finalmente parou de chover e a primavera começou a dar um ar da sua graça, incentivando o regresso ao trabalho na terra. Claro que já nada é como dantes, quando o verde dos campos dava lugar ao castanho das terras lavradas e agora o que se vê é uma mistura dessas cores, com vantagem para o verde, pois a maior parte das terras ficam de pousio, ano após ano, e por muito que se diga que o futuro está na agricultura e que é preciso cultivar, a verdade é que essa atividade pode parecer muito romântica, mas para a exercer são precisos investimentos e os riscos são tantos que as contas feitas no fim podem ser uma surpresa desagradável, fazendo surgir o desânimo.

Normalmente semeio milho proveniente da colheita do ano anterior e a produção tem sido razoável, sem ter tido necessidade de fazer qualquer tratamento à cultura, para além dos habituais trabalhos de sacha, rega e também da aplicação de um pouco de adubo junto aos milheiros, mas não muito para o produto não queimar as plantas, quando estas estão com cerca de 20 cm de altura, de preferência quando o tempo está chuvoso.