SERRAR TRONCOS DE CASTANHEIRO


Serragem dos troncos.
A madeira de castanho é das mais duráveis que existem, mesmo quando exposta à chuva. Antigamente usavam-se troncos de castanheiro nas traves mestras dos telhados das casas e, muitos desses troncos que eram aparelhados a machado, resistiram para além das próprias construções, sendo vistos ainda sãos, em ruínas ou demolições de edifícios antigos.

Surpreendentemente o castanho é também uma madeira macia e fácil de trabalhar quando seca e, por isso, ele é cultivado para produção de madeira, madeira essa que é muito utilizada no fabrico de móveis. Por outro lado, o castanheiro quando destinado à produção de castanhas e por isso preservado, pode durar várias centenas de anos, podendo mesmo ultrapassar o milhar.

AGUARDENTE DE MAÇÃS

Num artigo anterior “Plantar árvores de fruto”, a dada altura escrevi o seguinte:

Os frutos das macieiras e das pereiras, conservam-se durante um pouco mais de tempo (mais as maçãs do que as peras) e por isso optei por apostar mais nestas espécies, estando a fazer a plantação de macieiras em substituição de alguns pessegueiros que considero de pior qualidade.

De facto, isto é verdade; as maçãs conservam-se durante muito tempo, ao contrário do que acontece com outras espécies de frutos como os pêssegos ou as ameixas, por exemplo. E tanto assim é que já ando a consumir maçãs há mais de dois meses de apenas uma macieira do meu pomar, porque as outras que lá estão foram plantadas há pouco tempo e, por isso, também ainda pouco produzem. Esta macieira, da qual eu estava com algumas dúvidas sobre a sua produção deste ano devido à poda bastante profunda que lhe dei no inverno, fintou as minhas previsões e carregou-se de maçãs grandes e saborosas.

ESCREVA UMA CARTA FAMILIAR

Hoje vou tratar de um assunto diferente no blog. Existem centenas de outras coisas interessantes que se podem fazer sem ser semear batatas ou plantar couves. E que tal, se escrevesse uma carta?... Vamos a isso!...

Hoje em dia comunica-se muito. Estamos sempre em contato com familiares e amigos pessoais e virtuais que se encontram longe e essa comunicação é feita praticamente em tempo real, seja através de telefone, celulares de toda a espécie, email, redes sociais, etc. 

LIMPAR A CHAMINÉ

Nunca me tinha preocupado com a chaminé da minha lareira, até que um dia, alguém que passava na rua, bateu à porta para me avisar de que a chaminé estava a arder. Eu estava dentro de casa e não me tinha apercebido de nada, mas, já na rua, verifiquei que, efetivamente, saíam algumas labaredas da chaminé. Fiquei indeciso sobre a atitude a tomar, se deveria ou não chamar os Bombeiros ou se deveria, eu próprio, tentar apagar o fogo que grassava no interior da chaminé recorrendo à mangueira do jardim, uma vez que o telhado não é muito alto, pois trata-se de um rés-do-chão.

Não cheguei a fazer nada porque as labaredas começaram a diminuir, o que me fez acreditar que o fogo estava a extinguir-se. Por outro lado, a lareira tinha a proteção metálica contra faúlhas colocada e não deveria existir perigo do fogo passar para o interior da habitação. Aquela chaminé tinha sido construída cerca de uma dezena de anos atrás, nunca tinha sido limpa e, naturalmente, tinha-se acumulado alguma fuligem no interior, agarrada às paredes. Tinha sido construída por mim, com tijolos, e lembrava-me de que tisna tentado não deixar rebarbas de cimento nas juntas, isto é: tinha feito o possível por deixar o interior o mais liso possível, mas naquele momento fiquei a saber que isso não era suficiente para impedir a acumulação de fuligem e o perigo de um incêndio.

Esse incidente aconteceu há quatro anos atrás e de então para cá todos os anos, no outono, antes de acender a lareira pela primeira vez, procedo à sua limpeza. Talvez não fosse necessário fazer esse trabalho todos os anos, mas na verdade a minha chaminé não é difícil de limpar e essa operação não envolve qualquer tipo de despesa. Com uma vara de cerca de seis metros de comprimento e um bocado de carqueja, faço uma vassoura para enfiar na chaminé. A carqueja é uma planta do mato, bastante rija e que se presta perfeitamente para o trabalho, não sendo necessário mais nada.

Convém tapar bem a boca da lareira
 para não sair o pó para fora
Para realizar esta tarefa, procedo em primeiro lugar à vedação hermética da entrada da lareira para que a fuligem e o pó, principalmente, não saiam para fora. Depois é só subir ao telhado, tirar a cobertura da chaminé e enfiar o “vassourão” por ali abaixo, Como esse instrumento improvisado tem um diâmetro de rama superior ao da chaminé, faz pressão contra as paredes, fazendo descolar a cair a fuligem. Claro que é necessário manobrar o “vassourão”, fazendo-o descer e subir algumas vezes para que as paredes fiquem bem limpas, mas, tirando o facto da dificuldade de trabalhar em cima de um telhado, a tarefa é muito fácil de realizar.

Este muito fácil, entenda-se, é respeitante à minha chaminé, porque existem outras que serão certamente bem mais custosas de limpar. Como é evidente tudo depende do tamanho da chaminé, da altura do telhado, etc., mas uma coisa é certa: há toda a conveniência em fazer-mos a limpeza da nossa chaminé para evitar sustos, arrelias, ou, até, eventualmente, danos mais graves. 




Artigos relacionados

CONSTRUIRA PRÓPRIA CASA – As fossas                                    
Nos meios rurais ainda existem muitas aldeias que não têm saneamento público e mesmo as que o têm, ele não abrange as casas mais isoladas, pelo que para estas a construção de fossas continua a ser a única solução para o vazamento dos detritos sanitários e das águas provenientes das casas de banho, cozinhas, máquinas de lavar roupa, etc...
Ler mais 

Hoje, vou falar de mais um pequeno trabalho de construção civil que realizei, utilizando técnicas próprias, imaginado de forma a ficar o mais económico possível, mas seguro e durável. Trata-se de uma escada exterior em caracol, com treze degraus que fiz para dar acesso a um terraço e que ficou com um aspecto que considero agradável. 
Esta escada apesar da sua forma complexa não é difícil de construir, nem fica muito dispendiosa, se não fizermos contas ao trabalho...